23 agosto 2009

Ao Ouvido...

O que eu gosto disto...


Per7ume - "Ao Ouvido"

Suspiro...

22 agosto 2009

ÚLTIMO SOPRO...

Deitado sobre si relembra o som daqueles olhos doces
Que brotam do infinito ser embalando em sorrisos o oceano
De esperanças desencontradas iluminando a alma em si fugaz...
O corpo jaz imóvel sobre a pedra fria manchada pelo suor de rostos
Infinitos e incontornáveis na penumbra que assombra a desperta aurora...
As mãos enlaçam-se em nós doridos, esquecidas das memórias vazias
Que inundam o ar de espasmos doces e suspirantes no tempo...
Há um sonho que se prolonga em todo este ser desnudo e frágil...
Um despertar adiado na tentativa de sentir o doce sabor de um desejo já de si perdido...
A ilusão de uma vontade que cruelmente se quebrara.
..
O pânico começa a despertar em cada poro da sua pele...
A realidade vislumbra-se cruelmente em cada esquina de um tempo ido...
A dor é um fantasma que se entranha numa reencarnação tardia...
E o corpo estremece e arrefece... a pedra torna-se gelada, pálida...
Não se sente mais a alma no frio dos músculos já rígidos...
Os olhos apagam-se perante o cansaço de não saber ser...
E o poeta, outrora carne dorida, liberta a alma rumo ao horizonte
Que o aguarda na infinita contemplação de um mar de humanidade...

14 agosto 2009

Férias...

Não estranhem não escrever nada de novo neste meu cantinho, quase à beira mar plantado! :)
Simplesmente não me tem apetecido... ando com preguicite literária!
E há o sol... o calor...
Resumindo... resolvi tirar férias!!!
Mais tarde ou mais cedo eu volto, não se preocupem...
Boas Fériaaaaaas!!! Inté!









Praia do Areão, Vagos, Portugal

08 agosto 2009

Raúl Solnado...

Hoje, Portugal ficou mais pobre!
Perdeu-se um grande Homem, um Artista, um Senhor!
Dizem que morreu... mas alguém como Raúl Solnado não morre enquanto a sua chama permanecer nos corações de todos nós!

Aqui deixo a minha homenagem...

Até sempre Raúl!!!
(1929 - 2009)

07 agosto 2009

Os Outros...

A imagem que criamos dos outros é sempre um reflexo da nossa personalidade. O outro é para nós aquilo que nós desejamos que seja, na medida em que o projectamos de acordo com os nossos valores, ideias, sentimentos, desejos, vontades, carências e fragilidades. Neste sentido, o outro nunca é o outro nele mesmo, mas apenas o outro que nós vemos através do nosso olhar.
Ora, a imagem que construímos daqueles que nos rodeiam é sempre uma aproximação ao real, umas vezes mais, outras menos. E porque esse real é em parte fruto da nossa imaginação, nem sempre percebemos na totalidade aquilo que os outros são para nós!
Quando me deparo com o desconhecido, não me preocupo desde logo com o conhecer imadiato, mas com o ir conhecendo. E, se o desconhecido me agrada, vou-me dando a conhecer numa troca recíproca de hetero-conhecimento.
Já nos dizia Rosseau que o homem é por natureza um ser de bondade e que a sua vivência em sociedade é que o vai corrompendo. Eu confesso que acredito na bondade do ser humano (grande defeito, eu sei) e à custa disso afeiçoo-me demais aos outros que vou conhecendo, esquecendo por vezes de me lembrar de mim!
É por me afeiçoar demais aos outros que já tenho vivido e sentido a desilusão de saber que afinal nem sempre o outro é aquilo que gostaríamos que fosse. Umas vezes supera-se, outras não! À custa disso já mandei muitas supostas amizades dar uma volta (e das grandes), porque percebi que na maior parte dessas amizades havia interesses que não se coadunavam com a confiança que depositei nelas. O que não significa que todas as desilusões nos levem a desterrar todo e qualquer outro da nossa vida, até porque muitas vezes em nada são culpados da imagem que deles criámos. A verdade está lá sempre, nós é que nos recusamos por vezes a vê-la!
Continuo a acreditar que o ser humano é um ser de bondade e que há outros que merecem fazer parte de nós e do que para nós significam. Há marcas que não se esquecem, há momentos únicos que ficam tatuados na memória, há a sinceridade nos momentos menos bons e, acima de tudo, há a amizade que, quando o é verdadeiramente, é indestrutível!
Por mais "cabeçadas" que leve, serei sempre um outro em constante entrega aos outros que da minha vida fazem parte e porque o lugar que nela conquistaram foi merecido, independentemente dos altos e baixos que possam existir! E a imagem que outrora criámos, embora não a idealizada, continua firme na memória, acreditando que a imagem que eu tenho do outro é fruto da imagem que o outro criou de mim!

02 agosto 2009

Mamarrosa Online...

Para os que desconhecem, vivo numa pequena vila pertencente ao concelho de Oliveira do Bairro (Aveiro) com um dos nomes mais peculiares de vilas deste país, a saber: Mamarrosa.
Esta pequena vila com cerca de 1500 habitantes (censos de 2001) faz fronteira com os concelhos de Anadia e Cantanhede, sendo que ao fazer fronteira com este último, faz também a separação entre os distritos de Aveiro e Coimbra. Além do mais, pelas características do seu nome, faz parte do menos conhecido roteiro pornográfico da Bairrada, composto pelas seguintes localidades: Ancas, Rego, Mamarrosa, Bustos e Nariz!!!
Ora, a Mamarrosa em si não seria alvo de notícia aqui, não fosse o facto de na passada sexta-feira se ter inaugurado com toda a pompa e circunsância o sítio web desta "marabilhosa" terra! Ressalvo desde já que o dito sítio web até está bem conseguido e para aqueles que desconhecem (quase Portugal inteiro) podem ficar a conhecer uma das mais peculiares terras deste país! Claro que parte da peculiaridade se deve ao facto de eu ter nascido, crescido e viver cá... (nada convencido... mesmo bom)!
Deixo-vos desta forma o link para visionarem e se cultivarem acerca da Mamarrosa, onde também poderão consultar a origem toponímica do nome, constatando que em nada está relacionado com aquilo que as vossas mentes mais ou menos perversas estarão a pensar neste momento... hum hum!!!

Visitem a Mamarrosa!!!